6.ª Ficha de Leitura

 
 
 

Data: Janeiro de 2013

Autor: M. Teresa Estrela (2001).

Título:  Questões de profissionalidade e de profissionalismo docente. In: M. Teixeira (org) Ser Professor no Limiar do sec XXI. Braga: ISET

           

Este texto de Maria Estrela, remete para uma evolução de 25 anos, onde nos deparamos com muitas mudanças e contrastes que mais tarde se fizeram notar na escola e no sistema. Estrela, interroga-se então “Que repercussões tiveram todas estas mudanças na forma de conceber e estar na profissão….?”.

Considerando o conceito de profissão, a autora refere que este é composto por um conjunto articulado de saberes, saberes-fazer e atitudes que por sua vez serão denominados por saberes profissionais que representam a profissionalidade e o profissionalismo docente. Mas estes sofrem reajustações consoante a evolução dos tempos.

A autora, refere que muitos autores têm dificuldade em distinguir e caracterizar a profissionalidade e o profissionalismo docente, e assim sendo menciona as palavras de Hoyle e Bourdoncle (1991), “o profissionalismo pressupõe o domínio e o correto exercício da profissionalidade e esta só pode ser circunscrita de um ideal de serviço”.

Referindo a profissionalidade em primeiro lugar, esta relaciona-se diretamente com as funções e a boa execução dos papéis destinados ao docente, que ao contrário de antigamente, se estendem para além da sala de aula. Assim, o professor deverá exercer vários papéis como; educador moral; especialista do desenvolvimento e da aprendizagem, avaliador, orientador, investigador…Esta exigência exercida sobre a função do docente faz desencadear diversos problemas na vida do professor. Problemas como: crise de identidade pessoal, e identidade profissional, sentimento de impotência e ineficácia, dificuldade em estruturar projetos, falta de socialização entre docentes, entre outros. O que faz surgir várias críticas. Torna-se essencial a intervenção de outros profissionais e de uma melhor organização.

Relativamente ao profissionalismo, o professor é condicionado por inúmeros fatores, no que diz respeito á livre execução do seu papel. Mas é de referir que apesar de limitada, a sua autonomia não é anulada.

Para colmatar todos os problemas citados, seria imprescindível que os professores refletissem, em conjunto, sobre a sua profissão. E que essa reflexão assumisse um carácter realista e pragmática. Só assim conseguiriam controlar as exigências por ela requisitadas.