7ª Ficha de Leitura
Data: Janeiro de 2013
Autor: SERRANO, Gloria Pérez (2008).
Título: Elaboração de Projectos Sociais. Casos Práticos. Colecção Educação e Trabalho Social, no 7. Porto: Porto Editora. Pp 21 à 35
O texto de Gloria Serrano, da página 21 à 35, apresenta os elementos necessários para a construção de um projeto. Para este ser bem sucedido, é imprescindível a existência de “harmonia”, como refere a autora, na coligação de todos os processos que ajudam a concretização do mesmo. Para que a realização de um projeto seja bem sucedida é necessário dar resposta a algumas questões que surgem consoante as necessidades existentes: o que se pretende fazer? (que corresponde à natureza do projeto); Porquê? (fundamentação); Para quê? (objetivos); Quando? (metas de realização do projeto); Onde? (qual a instituição onde vamos aplicar o projeto); Como? (com que atividades); Quem o vai fazer? (recursos humanos necessários); Com o quê? (recursos materiais/financeiros a utilizar).
Relativamente à natureza de um projeto, é necessário elaborar uma sucinta caraterização da instituição escolhida e do projeto que iremos realizar, consoante as necessidades observadas.
A fundamentação é a fase que se observa de seguida, e tem como função explicar o porquê da escolha do projeto acima apresentado.
Na caraterização do projeto são definidos alguns objectivos. Esses mesmos objectivos são considerados de barreiras às quais necessitamos de dar resposta, com vista a superá-las. Para tal, utilizamos as metas, de modo a especificar a qualidade e a quantidade de cada um deles.
A metodologia é compreendida como uma descrição detalhada de todas as etapas do projeto, das atividades a realizar, os recursos materiais (espaços, instrumentos e utensílios utilizados na realização do projeto), humanos (pessoas envolvidas no projeto) e financeiros (orçamento do projeto) necessários, e dos métodos utilizados para dar respostas aos objetivos e necessidades identificadas.
Segundo a autora, o diagnóstico destina-se ao reconhecimento de um problema através de um estudo. Nesse estudo devemos analisar a realidade do local, o meio onde se insere, e as pessoas que interagem nele.
Podemos afirmar que o diagnóstico é a fase mais importante e que acarreta mais responsabilidades na elaboração de um projeto, pois é através desta que tudo o resto se irá desenrolar. O seu principal objetivo é compreender a realidade.
Na opinião de Espinoza (1986), o diagnóstico “é o reconhecimento (...) dos sintomas reais e concretos de uma situação problemática”. Para este autor, com o diagnóstico devemos obter quatro resultados: começando pelo estabelecimento das necessidades; passando a descrição dos recursos necessários para a resolução das mesmas necessidades; definição de algumas alternativas de ação, sempre relacionado com os problemas identificados; por último, escolhe-se a alternativa que mais se relaciona com o problema que estará na base do projeto.
Em qualquer diagnóstico o mais importante é que o projeto se baseia num problema/necessidade verídica e à qual se pretenda dar resposta. Por outro lado, é necessário estabelecer prioridades para saber para onde iremos orientar os nossos esforços. De seguida temos de fundamentar teoricamente o projeto, delimitando o problema do estudo. Em qualquer projeto de intervenção é necessário existir uma revisão bibliográfica onde elaboramos um levantamento da principal bibliografia e quais os principais autores que abordam este tema.
Considerei interessante saber o que era um diagnóstico e como este é constituído, visto que corresponde a uma fase de um projecto de intervenção.
O diagnóstico, como já referi na ficha de leitura, é uma das mais importantes fases do projeto de intervenção, por é a partir deste que identificamos o problema ou a necessidade, para tentar resolve-la.