8ª Ficha de Leitura

Data: Janeiro de 2013

Autor: SERRANO, Gloria Pérez (2008).

Texto: Elaboração de Projectos Sociais. Casos Práticos. Colecção Educação e Trabalho Social, no 7. Porto: Porto Editora. Pp. 37 à 75.

O texto de Gloria Pérez Serrano aborda o tema da planificação (a partir da página 37). Para a autora, em primeiro lugar, é necessário saber em que ponto se encontra e por onde vai começar o projeto de intervenção, definindo desde logo os recursos que irá precisar e os métodos para alcançar o que pretende. Por outro lado, apresenta a opinião e a definição que alguns autores atribuem à planificação. Para Kaufman (1980: 17): “A planificação trata unicamente de determinar o que se deve fazer, para posteriormente se poderem tomar decisões práticas para a sua implementação.” Na minha opinião a definição que melhor representa esta ação é a de Ander-Egg (1989: 14) quando refere que “A planificação consiste em introduzir organização e racionalidade na ação.”

Resumindo, a planificação deve definir os objetivos que pretendemos obter, estabelecendo as regras e as normas de execução, preparar estratégias corretivas (para se algo não decorrer como o previsto), criando, por último, um sistema de controlo que informe, continuamente, como está o desenvolvimento do projeto e a obtenção de resultados esperados.

Para que a planificação decorra da melhor forma é necessário que todos indivíduos que estejam envolvidos, no projeto, participem, que manifestem vontade e capacidade de melhorar o ritmo de desenvolvimento da sua comunidade e que aceitem, com bom agrado, o processo de planificação.

Um plano, para ser bem sucedido, deve ser flexível de modo a adaptar-se às necessidades do grupo; de ser aberto, caso seja necessário reajusta-lo; ser descentralizado para servir os grupos aos quais se destinam; deve contar com a participação de todos os membros do grupo, aplicando uma autogestão e controlo;

No texto são apresentados os três tipos de planificação existentes. A autora começa por definir a planificação geral com sendo um conjunto de atividades que atuam no processo de desenvolvimento durante um determinado período de tempo e pode ser realizada a curto, médio ou longo prazo. De seguida apresenta a planificação específica que é composta por um conjunto de projetos, todos eles relacionados entre si, com a finalidade de alcançar os objetivos. Por último, existe a planificação concreta que corresponde a um conjunto de atividades específicas necessárias na realização de um projeto.

Por outro lado, Serrano refere que é necessário a existência de técnicas de dinâmica de grupo, ou seja, ações sistematizadas para organizar e desenvolver as atividades do grupo. É importante salientar que nem todas as técnicas servem para todos os objetivos e que não podem ser postas em prática em todos os locais, são apenas meios para alcançar os objetivos, e não fins. Estas técnicas devem ser escolhidas em função dos objetivos, do grau de responsabilidade do grupo e do seu número de intervenientes, das caraterísticas dos membros e da capacitação do animador.

Numa planificação, têm de ser apresentados os recursos que vão ser utilizados. Esses recursos dividem-se em humanos, isto é, descrição das capacidades das pessoas necessárias para a execução das atividades e a quantidade das mesmas; os recursos materiais necessários para as várias atividades, como instrumentos, ferramentas e equipamentos; e os recursos financeiros, que poderá ser feito através de um orçamento que cubra as despesas materiais, de reuniões, de instrumentos, de espaços, assim como salários e equipamentos.

Tive como critério de escolha deste texto, o facto de já ter estudado textos que referiam o que era um projeto de intervenção e quais as suas fases, como por exemplo o diagnóstico, e neste caso a planificação.

É uma fase essencial do projeto de intervenção pois explica-nos em que irá consistir o projeto e quais as fases que devemos ter em conta para elaboração do mesmo.

O contributo que a leitura deste texto me ofereceu foi bastante importante, pois passei a tomar conhecimento de novas realidades que antes desconhecia e fez com que passa-se a utilizar novos métodos de pesquisa e análise na construção e realização do meu projeto de intervenção, que estou a desenvolver, neste momento na unidade curricular de Seminário de Integração profissional V.